sábado, 17 de abril de 2010

Nunca te direi adeus

Meu coração, 18 de abril de 2010

Minha amada,

Eu encontrei sua carta, ontem. Estava naquele banco da praça que você fica todas as tardes. Me emocionei ao ler. E me arrependo de ter me afastado. Desculpe-me! Foi por medo... medo de não consiguir mais viver sem você.

Me apaixonei na primeira vez que conversamos. Me lembro muito bem... você estava com vergonha, mal conseguia me olhar nos olhos, os meus nem piscavam. Você ria toda vez que te elogiava, suas buchechas ficavam cada vez mais vermelhas. Passamos horas ali, naquele mesmo banco de praça. Eu dizia para você: "Me conta alguma coisa!" Você ria, meio tímida, e, de repente, começava a falar e só parava depois que terminava a história. Eu ria, você não entendia o porquê. Foi uma tarde inesquecível, queria que ficassemos ali para sempre.

Realmente, meu mundo gira em torno do seu. Você é tão especial, seu jeito me fascina, é tão doce e suave. Tem um sorriso inocente, olhar envolvente. Ganhou meu coração com o seu olhar. Queria nunca mais ter que sair do seu lado... por isso, fatalmente eu sofreria. Pensei que você só me visse como um amigo, e logo, enjoaria da minha proximidade ou arranjaria alguém que amasse, e eu choraria. Então decidi me afastar, antes que não consiguisse mais esconder o que sinto.

Agora eu sei que você me ama. E como eu, tudo que deseja é que estejamos juntos. Vou te esperar no mesmo banco, na mesma praça. Quando você chegar, realizarei seu sonho, não estaremos na praia, mas ficaremos abraçados vendo o por-do-sol. Te aguardo, esperei ali todos os dias até que apareça.

Beijos, de seu eterno admirador.

Esta foi a carta que mandei por não ter coragem de falar frente a frente, mas tudo que eu queria era encontrá-la o mais rápido possível. Até pensei que fosse sonho quando li a carta dela, mas era real, então não parei mais de rir, e tratei logo de respondê-la. Espero que ela me perdoe e aceite me encontrar.

(continua...)

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